domingo, 20 de abril de 2014

SEXTA FEIRA SANTA

Já vamos na SÉTIMA, ou seja, há já sete anos que neste fatídico dia se pedala, passe a expressão, todo o dia… este ano não foi exceção.

Como estamos a começar com números ficam já os do dia, 145 kms e 2700 m de desnível acumulado (trocos).

Agora ao que interessa, o relato do dia.

Levantar cedinho, ainda de noite. Isto porque tínhamos (eu e o Carlos) de ir “buscar” o resto do pessoal (não fossem eles perderem-se) ao Piódão.




Porquê ao Piódão?


Porque suas excelências, a saber, Filipe, Sérgio, Marco “Pantani”, Nuno “Maçã” e Ricardo, andavam, desde o passado sábado, a fazer a GR 22 (Rota das Aldeias Históricas) e pernoitaram de quinta para sexta no Piódão.


Assim sendo, às 06:36 da matina, eu e o amigo Carlos zarpámos serra acima em busca dos ditos moinantes…


Devido ao atrito, provocado por os pelos das pernas e braços a subir, só chegámos ao Piódão por volta das 08:50 (só por causa do atrito), nada mau, tendo em conta que tirei 2 fotos à paisagem (lócura), o Carlos tirou mais, é a diferença de idade… relativamente à paisagem, as fotos falam por si.





Chegados ao Piódão, cumprimentos e apresentações da ordem e estava a comitiva preparada para zarpar, faltava só comprar os “suvenires” e ala que se faz tarde…




Devagarinho que é a subir. Pôr a conversa em dia, contar/ouvir algumas estórias dos dias anteriores (e tantas que elas eram) e, sensivelmente a chegar ao cimo do Piódão, o Sérgio lembra-se que se esqueceu (língua portuguesa no seu melhor) do carregador do telemóvel na dita localidade (já estou farto de escrever Piódão). BOA MIKE…


E agora? Agora volta para trás e vai buscá-lo. Assim foi, troquei de bicicleta com o Sérgio e lá voltou ele para trás. Já no cimo o Carlos achou que os mais de 100 kms que ía fazer nesse dia eram poucos e num gesto de solidariedade, foi ter com o Sérgio, para ele não se sentir só. Os restantes ficaram no céu em posição de morsa e Son Goku…



Chega o Sérgio e continua a subir, agora em direção à Estrada Real, via eólicas. Eram 10:00 e já começavam a falar no almoço (vão comer para o campo... ARRE!!), falar é força de expressão, ralhar é mais correto. E eu que tinha pensado numa volta tão fixe, Estrada Real; Casa do PPD, single track Pera Afonso, single track Monte Redondo; single track Impala; Folques e almoço no Rui “Pizzas” em Arganil. E estávamos lá cedinho… de certeza, ou não!




Lá fazemos a Estrada Real, sempre com uma paisagem maravilhosa, Casa do PPD e bota para o Pera Afonso, que a partir de agora poderá passar a chamar-se INFERNO… especialmente para quem leva bicicletas com alforges (o peso do conjunto ronda os 20 kg sem contar com o volume). Uma MISÉRIA, na segunda parte do single track andaram a cortar os pinheiros e o caminho estava intransitável, um verdadeiro pesadelo, sem comentários…




Quando, finalmente, chegámos ao fim, decidimos, sob pena de me malharem até à morte (não estou a exagerar), rumar diretamente para Arganil, mas não chegámos sem antes, no lugar do Bocado, encontrar um caminho bloqueado por um carro, que nos obrigou, mais uma vez, a andar com a bike às costas… MARAVILHA!!!! é agora que me lincham (pensei).


Finalmente em Arganil, esta parte não descrevo para não ferir suscetibilidades. Deixo só uma foto do início e um comentário ao serviço, MUITO BOM, obrigado Rui (e colaboradores).




Depois do repasto pouco fica para contar, resumidamente, barriga cheia e os cinco da “GR 22” já em modo de “QUERO CHEGAR A CASA”. Por isso, rumámos a Góis, Vila Nova do Ceira, Serpins e quando demos por ela estávamos no cruzamento da Lousã com a EN 17, hora da separação…


Abraços, beijos, lágrimas, sexo à bruta, promessas de futuras voltas e… vamos embora. Sérgio, Marco, Filipe e Nuno, para Coimbra, o Ricardo ainda nos fazia um pouco mais de companhia porque ficava em V. N. de Poiares e eu e o Carlos de volta a Arganil. Importa dizer que nesta altura já só levava imagem, já tinha perdido o som… adiante.


Até Poiares foi um saltito, mais despedidas e, ficaram os dois originais. Põe a faca nos dentes e vai de pedalar até Arganil onde cheguei já a perder a imagem e com um andar novo, mas cheguei, eram 18:50 (12 horas em cima da bicicleta).


Mais uma SEXTA-FEIRA SANTA "virada".


Resta deixar uma palavra (ou várias) para os que participaram, nesta e noutras aventuras. O que importa não são os kms que se fazem ou o desnível acumulado ou quem chega primeiro ou em último, mas sim os laços de amizade que se criam, renovam e estreitam… é isso que no fim fica e perdura.



VENHA A PRÓXIMA...


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