domingo, 15 de julho de 2012

DOMINGO, DIA SANTO…

Para uns, para outros é frequentemente conhecido como dia de empeno… eu estou no grupo dos outros.


Este domingo assim foi. O amigo Marcos ligou-me na 5ª feira. Na impossibilidade de ir ao III Raid Rota Real ao Piódão, organizado pelo Clube Arganil BTT Serra do Açor, que se realizou no dia 14 de Julho, ontem, propôs-me irmos lá (ao Piódão, entenda-se) hoje, domingo. Ora como não gosto de dizer não a um bom desafio e como também não podia ir no sábado, prontamente assenti, ainda por cima, tinha um belo aliciante, percorrer o single track que liga o Piódão a Foz D’Égua.

Chega então domingo, às 07:30, hora marcada, comparecerem Je, o Marcos e o Ramiróvski – o homem da assistência em viagem, também conhecido por Ramiro. Era suposto aparecer também o João, mas à hora marcada não estava lá. Pedalemos então…


O itinerário foi simples, Mancelavisa, Alqueve, Sardal, Enxudro, etc… num saltito estava-mos no Piódão. Pelo caminho ficaram uns quantos dedos de conversa e umas paisagens fantásticas.







A chegar ao Piódão quem liga? O João.
Diálogo:
Mateus: Ê pá, já passa um bocadito das 07:30.
João: Mas eu também estou a andar de bicicleta… onde é que vocês estão?
Mateus: A chegar ao Piódão.
João: Eu e Miguel estamos nas eólicas, já aí vamos ter. 


Diálogo terminado, continuámos a percorrer o belo do single track que acaba mesmo dentro da bela povoação (já estou farto de dizer Piódão). Já lá dentro foi tempo de retemperar forças com a bela da bejeca, meia dúzia de beijos no gargalo (isto não soa nada bem) e eis que chegam mais dois elementos para juntar ao três caramelos já estabelecidos e atenção quando eu digo caramelos estou a referir-me a produto de qualidade, tipo werther's original, eu já explico porquê…






Mais uns quantos dedos de conversa e as garrafas estão no fim, é tempo de pedalar, é tempo de percorrer o nosso principal objetivo O CARREIRO DE FOZ D’ÉGUA, fantástico e mais um porradão de adjetivos. Do melhor, e ainda melhor, a meio o Ramiro furou. É então aqui que se desenvolve a teoria do Caramelo. Então notem, os três da vida airada que zarparam de Arganil, rumo à bela localidade (não, não fomos para Oeiras), fizeram-se ao monte sem ferramentas, mais importante, sem câmaras-de-ar, apenas munidos (o Marcos) de uma bomba e uma caixa de remendos. Ora querem melhor receita para a desgraça, não há. E o Piódão é já ali a virar da esquina. E não é que sensivelmente a meio do carreiro o Ramiro fura, se não calha a juntarem-se a nós o João e o Miguel estávamos f…, lixados.




Muda a borracha (os nossos recém chegados companheiros tinham, cada um, sua câmara de ar), dizia eu, muda a borracha e toca a andar. Mais uma vez, caramelos, agora daqueles que têm pinhões… a câmara que estava no pneu tinha gel, o pneu estava cravado com espinhos, ninguém se lembrou de ver o $$%&&/&%$# do pneu, tal era a pressa… Escusado será dizer que quando acabamos o carreiro, passamos uma bela ponte, atravessámos a bela localidade de Foz D’égua e o Ramiro estava com o aro a roçar o chão. BOA







Põe mais uma câmara, agora vimos o pneu, tirámos os espinhos e vai de dar ar, e não é que o pneu não enchia. A câmara que o Miguel trazia já vinha furada, olha que isto está a correr tão bem. Saca da caixa de remendos do Marcos, e não é que só tinha remendos… a cola ficou em casa. Olha, olha, agora é que isto tá bom, então notem:

- Localização: Foz D’Égua
- Distância: +/- 40 Kms de casa
- Hora: já passava das 12:00


Afinal estávamos mesmo f…lixados, como se tudo isto não chegasse, não havia rede de telemóvel J. Nesta situação não havia muito a fazer, deixámos o Ramiro para trás e viemos embora J. Pode parecer brutal e insensível, mas logo que apanhei rede liguei à Lucinda (assistência em viagem do Ramiro), depois de lhe explicar a situação ela lá concordou em vir buscar o marido, não sem antes dizer uma grande verdade “se ele ficasse em casa é que fazia bem”, o que me levou a murmurar para com os meus botões, ele e eu… 


E assim acabou a aventura, daqui para a frente e com o amigo sol a apertar tudo se resume a uma breve (tava a ver que nunca mais chegava) viagem até casa, onde cheguei com 88 kms e quase 2000 metros de desnível acumulados, rico empeno, vou mas é começar a ir à missa.



THE END

NOTA: Agora a nova temporada de BTT só começa para Setembro, até lá.

terça-feira, 3 de julho de 2012

ENQUANTO PASSA 1 MÊS

O tempo é de facto uma ilusão… Porquê, perguntam vocês. 

Ora então vejam bem o que vos conto…Ainda há pouco tempo estava a atualizar o blog com a firme convicção de prosseguir habitualmente com o relato dos passeios domingueiros de BTT. Domingueiros e não só. 

Depois do último relato e com algum tempo para curar a deceção causada pelas P O R C A S J, chegou quinta-feira dia 07 de junho e com ela uma agradável volta de feriado. Iniciada bem cedinho (sete horas da matina) juntamente com o Carlos e o Abel (abelhas), ainda apanhámos uma chuvita, razão pela qual não tirei fotos… mentira, não tirei fotos porque me dá uma seca de morte, logo não existem provas, mas é verdade que fomos andar, podem perguntar ao Miguel e ao Zé, eles também apareceram. 

No dia seguinte mais um dia que motivou relato, o Nocturno organizado aqui pela malta do BTT Serra do Açor, inserido na feira das freguesias do concelho de Arganil. Uma noite muito bem passada!

Só tirei fotos do inicio... depois estava de noite.






Como estava a dizer mais um bom motivo para crónica, não fosse ter precisado de quase duas semanas para me recompor dos trauliteiros de aguardente que enfardei na representação da freguesia de Folques. Só não foi pior, porque quando de lá saí, já com o conta rotações colado no “red line”, em direção ao estaminé da freguesia da Benfeita para “buber” serradura (então aí é que a barraca ficava bem enfeitada), a dita serradura já tinha acabado. Há males que vêm por bem e já todo torcido lá rumei a casa em cima da minha burra. Se os senhores da guarda me mandassem soprar no balão, matava o desgraçado com o bafo, deus me livre… 

Com tudo isto quase não voltei a pegar na bicicleta e eis que chega o fim-de-semana das 24 horas de BTT de Coruche. 

Assim foi, nesta 6ª feira zarpei em direção a Coimbra onde pernoitei para no sábado, cedinho (era suposto sairmos às 08:30! Às 09:00 ainda andávamos pela Zouparria, estava a começar bem… adiante), juntamente com o pessoal do BTT Aventura e Desporto rumar à bela localidade de Coruche. Já lá tinha estado há 2 anos a solo com o Filipe, desta vez íamos mais (8 maduros e 1 madurito). A saber, Eu, o Trigo, Zé Carlos, Filipe, Nuno (Maçã), Manel, Rodrigo, Zé Tó e o Joãozito, ainda lá apareceu o ressabiado do Paulo (530 Kv). 

Rica comandita! Chegámos por volta das 11:30 e logo nos fizemos notar, 1º pelo barulho, parecem os ciganos a vender meias na feira do bairro Norton de Matos ao sábado, e como bons ciganos, que sítio melhor para armar a barraca se não de baixo do belo do viaduto. 

Estávamos lá p’raí há uns 15 segundos e já o Zé Tó estava a acender as brasas no fogareiro e saca das febras e entremeadas e do pão e das minis e do vinho (credo o vinho) e são quase horas para começar a rolar e já o dito vinho marrava forte e feio! Ainda bem que passávamos pela arena… 

O resto resume-se a 24 horas de boa disposição, fantástico convívio, tudo de bom que se pode passar com um fantástico grupo de amigos. Ficam na retina as boas classificações que as nossas equipas fizeram, especialmente a minha J (6º lugar em equipas de 4), tudo graças à minha fantástica prestação, sim, verdade, mesmo, mesmo…

Se não fosse eu a andar mais devagar o Zé Carlos, o Trigo e o Filipe não conseguiam descansar convenientemente… à pois é. 

Como o que é bom tem uma terrível tendência a acabar depressa, o domingo chegou num instantinho e com ele o fim da aventura. Tempo ainda para ir a Almeirim estraçalhar umas valentes conchas de sopa da pedra e volta para casa que já é tarde…

Agora tenho de arranjar fotografias, mais uma vez não tirei nenhuma, só para variar, e tenho de dormir. Que é o que vou fazer. Boa noite.