Ora então
muito bem… depois de chegar à triste conclusão de que o 25 de Abril (e tudo que
está agregado a esta data) não passa de pura treta demagógica e que, de facto, continuamos a
viver num regime ditatorial, também por minha culpa (não basta falar mal, é preciso agir), decidi, em sinal de
revolta, claro, ir andar de bicicleta… Na altura pareceu-me o mais adequado,
era isso ou ir à caça ao “coelho”.
Assim sendo,
e como mandam os costumes aqui do Sobreiral (local onde vivo), o exercício físico
deve ser iniciado com o nascer do sol, portanto, a hora para começar a pedalar,
neste momento, está marcada para as 06:15 (ainda me lembro quando me deitava
depois desta hora… mentira, não lembro nada).
Às 06:15 já
estava prontinho, o Carlos (é o outro doido que também se levanta à mesma hora
para fazer exercício) nem por isso… chegou 10 minutos depois, mais ou menos,
depois de ter andado a lutar (ter em conta o facto da pessoa em questão ser mestre em artes marciais) com o pneu da bike, a bomba, entre outras coisas (a
bomba partiu, a roda também…ganhou ele, ou não...).
Mais coisa
menos coisa, às 06:30 estávamos a rumar a Penacova com 2 finalidades, ir fazer
uns single track’s maravilhosos e o Carlos depois ficava por lá a dar treino de
karaté.
Começa a
pedalar e volta para trás que o Carlos esqueceu-se da chave do pavilhão. Nesta
altura devia ter aproveitado para ir buscar um casaco visto estar de manga
curta, não o fiz, depois, só não chorei como um bebé, porque me congelou o saco
lacrimal, entre outras coisas…braços, mãos, pés…
Até Penacova
foi um saltito, sempre a 30. Já depois de Penacova, na estrada do Rio, em
direção a Coimbra, o Carlos diz “agora subimos aqui à direita para S. Mamede”, é neste momento que era capaz de jurar ter ouvido o Marco Horácio a gritar
atrás de mim, “SOLTEM A PAREDE”!!!
Dos 0 aos 500
em 20 minutos, mais ou menos (isto é altimetria não a minha pulsação, embora
essa não ande lá muito longe…)
Já no alto
começámos então a percorrer os belos caminhos da zona de Penacova e o Carlos começou,
mais uma vez (digo isto porque já se está a tornar recorrente :-) ), a desgraçar a roda traseira.
Como estes
momentos são sempre breves, passados pouco tempo estávamos no local de chegada
para Carlos e de regresso para mim.
Aqui termina
a história, para Arganil foi sempre a 40… isto porque sensivelmente a meio do
caminho encontrei um companheiro do pedal (com bicicleta de estrada) que estava
a fazer Praia de Mira/Serra da Estrela(Torre)/Praia de Mira no mesmo dia (e eu
a pensar que tinha pouco juízo…livra), como tive de o acompanhar foi sempre no “red
line” até à rotunda da Tornomoita, quando dei por ela estava em casa.
Mais uma
voltita engraçada para o arquivo e… VIVA A LIBERDADE!!! E os cravos; e os
Capitães, e os fdp dos “fachos” que nos governam que são iguais ou piores do
que os que lá estavam há 40 anos e… se isto vai ao “Lápis Azul” estou lixado,
ainda vou parar ao Forte de Peniche… é melhor ficar por aqui, até porque este
blogue é dedicado, única e exclusivamente, à bicicleta.
Falamos umas
pedaladas mais à frente. Até lá.