quarta-feira, 3 de agosto de 2011

VIA DE LA PLATA - História de uma peregrinação

VIA DE LA PLATA
(22/06/2011 A 03/07/2011)

 
Há uns tempos li a seguinte passagem num blog “Os caminhos de Santiago são um vírus que, depois de se introduzir no corpo, nunca mais o abandona”. Não consigo encontrar palavras que melhor descrevam esta nossa tendência para fazer os Caminhos.
Já passaram alguns anos desde a ideia inicial, que surgiu numa das idas às Astúrias para participar na Travessia da Cordilheira Cantábrica.
Na viagem para as Astúrias, a seguir a Salamanca, entrámos na estrada A-66 (Via de la Plata) e ao ver alguns peregrinos surge a primeira reacção, “temos de fazer isto”.
Passados os anos, feitos os caminhos franceses (por alguns 2 vezes), surge o dia da “Via de la Plata”, que é o que eu passo a descrever, não de forma muito pormenorizada (senão escreveria um romance), mas tentando passar a ideia de como foram estes magníficos doze dias.
Antes de começar fica apenas uma breve descrição daquilo que é a VIA DE LA PLATA (Caminho Moçárabe para Santiago de Compostela) e o Caminho Sanabres (variante que nós utilizámos para chegar a Santiago).

A Via de la Plata é uma rota de comunicação Sul-Norte utilizada antes da era neolítica, consolidada pelos Romanos a partir do século II A.C. com a construção de uma estrada (calçada), Iter ab Emerita Asturicam, que uniu Emerita Augusta (Mérida) a Emerita Asturicam (Astorga), prolongada até Italica (Santiponce) e Hispalis (Sevilha), e utilizada como a estrada militar. 
Foi aproveitada posteriormente por muitos povos, incluindo os árabes na sua conquista da península. Almanzor usa-a para sua campanha pelo norte de Espanha que termina com saque de Santiago de Compostela.
Com o avanço da Reconquista começa a ser usada como via de peregrinação dos cristãos moçárabes do Al-andaluz.
Finalmente foi usada pelos pastores transumantes de Leão e de Sória para passar o inverno na Estremadura e na Andaluzia.
O Caminho Sanabrés, atravessa as terras de Sanabria, na província de Zamora, entrando na Galiza pela província de Ourense. A separação faz-se em Granja de Moreruela, uma pequena localidade castelhana a norte de Zamora.
Este caminho, sendo pouco transitado, não está tão bem sinalizado como outros caminhos de Santiago, nomeadamente na parte de Castilla y León. Há cruzamentos sem qualquer sinalização ou com marcas semi-apagadas ou pouco visíveis.
Além disso, é um caminho extremamente solitário. Não só por ser pouco transitado, mas também porque as distâncias entre localidades são por vezes de muitos quilómetros. Ganha, no entanto, com a beleza natural das suas paisagens.


VAMOS AO QUE REALMENTE INTERESSA, A PEREGRINAÇÃO:



DIA 1 (22/06/2011) – Coimbra-Sevilha

Este é fácil de resumir, viagem Coimbra-Sevilha. A assinalar a má vontade do condutor do Expresso que supostamente nos levaria até Albufeira que, ao ver as bicicletas, logo nos disse “eu não as levo” (estava instalada a confusão). Lá consegui apelar ao bom senso daquele que penso ser o chefe da gare de Coimbra, que nos resolveu o problema (para ele um grande abraço).
DIA 2 (23/06/2011) – Sevilha-Castilblanco de los Arroyos

Continuação da viagem, paragem em Albufeira e “bota” para Sevilha, onde chegámos por volta das 13:00h. Montar bicicletas, vestir roupa adequada ao pedal, selar credenciais, ir à catedral (estava fechada), tirar a bela da foto, derrapar na cera da procissão e siga para bingo, lá vão o José Carlos e o Mateus, debaixo de uns refrescante 40 e muitos graus (à sombra, pena era ela não existir…) e iniciar a peregrinação até Santiago de Compostela.


Consegui chegar, a muito custo, até Castillblanco de los Arroyos. Logo ali percebi que iria passar por um mau bocado (muito mau). O calor era terrível, o terreno muito árido, não havia água, povoações, pessoas… (“mas onde é que eu me vim meter”, pensei eu muitas vezes). Aqui valeu a experiência e a companhia do José para os dias que se seguiram (grande companheiro).


DIA 3 (24/06/2011) – Castilblanco de los Arroyos- Los Santos de Maimona 

Vamos lá então pôr as ideias no sítio. Neste dia, começavam as coisas a sério, quer isto dizer que começámos a pedalar com o nascer do sol e parámos um bocadito antes de eu desmaiar (mais coisa menos coisa). Mais um dia de canícula, passámos parte da manhã a pedalar dentro de um parque natural (abre portão/fecha portão), típica paisagem Alentejana, mas mais interior, ou seja, mais quente, caracterizada fundamentalmente pela escassez de água, povoações e pessoas. Abundante, no entanto, em gado bovino e suíno.


O dia decorreu sem grandes sobressaltos (o José começou a desgraçar as rodas da bicicleta, coisa que durou até ao último dia da peregrinação), não passámos por nenhuma grande cidade, os caminhos eram relativamente fáceis de pedalar. A assinalar apenas o calor que se fez sentir.



DIA 4 (25/06/2011) – Los Santos de Maimona- Aldea del Cano 
Mais do mesmo, ou seja, acordar, tomar o pequeno-almoço, começar a pedalar, tirar foto ao nascer do sol, continuar a pedalar…

Chegámos a Mérida por volta da hora do almoço, que para nós era às 11:30h. Primeira grande cidade, muito agradável. Recomendo uma visita com mais tempo.
Depois de estar a conversar com um “bocadilho” de tortilha, perto de meia hora, ele lá desceu (UFA).
Estes primeiros dias não têm muito para contar, estava muito calor, as paisagens já vos falei, os portões (sem comentários), as vacas… e lá estávamos nós em mais um albergue, bem simpático por sinal, lavar roupa, jantar, ir passear e dormir. Tenho no entanto um pequeno reparo a fazer, o José não me deixou ir à piscina municipal! Prontos já fiz!!

DIA 5 (26/06/2011) – Aldea del Cano- Galisteo 

Ora aqui está o meu dia de calvário, não foi o dia todo, mas quase.
Mais um nascer do sol e toca a pedalar.
O calor, teimoso, continuava a não dar tréguas, mas nós já começávamos a ficar habituados, ou não. Neste dia tínhamos a visita a mais uma grande cidade (isto em comparação com as pequenas povoações por onde passávamos) Cáceres. A reter o centro histórico e a volta completa que demos à cidade. Que grande Ciclo Via!


Mas o tempo era de pedal, era para isso que ali estávamos e foi o que fizemos até o fim da etapa Galisteo (ainda me custa pronunciar esta palavra).
Já com a povoação à vista, sem água, com um empeno monumental (eu é claro, o José estava fresco como uma alface numa manhã primaveril), um calor brutal, uma vala de regadio cheia de água fresquinha (não Mateus, não podes ir tomar banho) e nós pela primeira e única vez (diga-se de passagem), perdemo-nos.
Perdemo-nos um do outro e do caminho. Tinha de ser mesmo agora, é tudo a ajudar. Já quase sem forças e, para ajudar, não só não sei onde está o José como não sei por onde raio é o caminho #$&%”#$. Mais ainda, o José deve ter o telemóvel desligado, não tinha… começa a correr melhor, também estava perdido… e estava perto de mim… 5 minutos e já estávamos juntos novamente. Por onde vamos, por onde não vamos, decidimos pelo sítio errado #$%&%”, bota mais uns quilómetros (que já eram poucos)!! Cereja no topo do bolo, um portão p’raí com uns 2 metros de altura e cerca (com arame farpado, do melhor!!) um pouco mais baixa, e agora? Eu não volto para trás, já não aguento mais (reacção do José – então pois, é mesmo aqui no meio de nenhures que tu não aguentas mais!). Mais uma vez tinha razão, vou desmaiar só quando chegar ao albergue!
Não sei onde arranjei forças para passar as bikes para o outro lado da cerca e para pedalar até San Gil, povoação já depois de Galisteo e sítio onde fomos parar e onde o José desencantou um café que tinha os aquários e gelados que melhor me souberam em toda a peregrinação (boa já não preciso de desmaiar). O resto já é rotina, lava roupa, jantar, passear e dormir.

DIA 6 (27/06/2011) – Galisteo-Fuenterroble de Salvatierra 

Este foi o dia em que se juntaram o resto das tropas, Nuno Seiça, Paulo Gândara, Filipe Barreirinhas e Ricardo Trigo. Mais um nascer do sol (isto está a tornar-se recorrente) menos calor F I N A L M E N T E, mais uns single tracks. Começava a ficar farto de single tracks, nunca pensei algum dia vir a dizer isto, mas já só me apetecia andar em alcatrão.


Feitos +/- 40 quilómetros o Filipe liga:
 - Então já estão em Calçada de Bejar?
Tá doido, deve pensar que tenho um foguete no pouco que me resta de rabo! O facto de já andar há 6 dias na companhia do José não me deu a sua capacidade sobre-humana para pedalar (o que me dá muita pena).
 - Não… ainda estamos a 20 quilómetros!
 -OK nós vamos ter com vocês a Aldeanueva del Camino.
Boa, pensei eu já com um saco feito de coisas para remeter pelo padrinho do Filipe que amavelmente os foi levar (para ele um grande abraço). Eram p’raí uns 5 quilos, espectáculo, maravilha, com menos este peso ninguém me agarra (pensava eu…).
O José isola-se, fazendo com que eu chegasse sozinho a Aldeanueva. Ao entrar na povoação, já a antecipar o encontro com o resto do pessoal, dou-me com o meu companheiro e as seguintes palavras que ainda hoje ecoam no meu íntimo:
- Tu e as tuas contas… saem sempre furadas…
- Não estou a entender!!
- Não estás a entender, pois não estás a entender… os gajos vêm ao nosso encontro de bicicleta, o padrinho do Filipe já se foi!!!!!!!!
 #$%”&&%$#. Não é preciso dizer mais nada… mas porque é que eu trouxe tanta coisa?! Raios parta!
Cumprimentos, abraços, beijos e bota a pedalar que era a subir. A coisa animou, havia agora mais barulho, alterava-se o ritmo (ou não).

Não existe muito mais para dizer. Chegámos à hora normal ao albergue de Fuenterroble de Salvatierra. Muito simpático! O local e as pessoas que o gerem. Amavelmente deixaram-nos utilizar a cozinha para prepararmos a primeira grande panela de massa (massa com bacalhau).
DIA 7 (28/06/2011) – Fuenterroble de Salvatierra- El Cubo de la Tierra del Vino 

Estava tudo diferente. O calor abrasador tinha ficado para trás, a paisagem estava diferente, estávamos na cota dos 1000 m, havia muita água e mais uma grande cidade na mira, Salamanca. Toca a pedalar, sempre naquele ritmo do “deixa ver se o Mateus aguenta”… “olha qu’ele tá a ficar para trás”… então quando aparece uma subida parece que lhes dá uma súbita paragem cerebral e vai de pedalar como se não houvesse amanhã. Um dia vou promover um estudo científico (quem sabe uma tese de doutoramento) para estudar este fenómeno. Adiante…

Salamanca e o Nuno diz que tem de comer (ó diacho, isto não é bom sinal) e, de facto, não era… Visitámos a cidade, comemos e bota para a frente que atrás vem gente.

Chegámos a El Cubo de la Tierra del Vino e o Nuno fechou para balanço.
Jantámos, fomos à abertura de um bar lá na terra, o normal. Venha mais um dia que este já deu o que tinha a dar.

DIA 8 (29/06/2011) – El Cubo de la Tierra del Vino- Tábara 

Dia aziago, dia que se queria de festa, pois o nosso companheiro Nuno fazia anos! Não foi!! A sua condição física não permitiu que continuasse a peregrinação e em Zamora decidiu rumar a Portugal (mais oportunidades surgirão).

Um dia realmente estranho. O nascer do sol viu-se de casaco vestido (menos eu, é claro, que me recusei interiormente a vesti-lo depois de todo o calor suportado, não iria sucumbir ao frio), a temperatura caiu perto de 10º, mas … como não havia calor tivemos vento forte de frente. TOMA, vai buscar!!
Este foi o dia em que, chegados a Granja de Moreruela, rumámos pelo Caminho Sanabres da Vila da Prata. Deixámos de pedalar em direcção ao norte e começámos a “lateralizar” para Santiago. Está quase…
Se repararem, também eu começo a ficar telegráfico na minha descrição da peregrinação. Estávamos quase em Santiago, as saudades de casa começavam a ficar insuportáveis, assim como as dores no traseiro, as pernas também começavam a dar sinal de fadiga e o terreno começava a endurecer. Mais montanha (ia-mos entrar na zona das Astúrias), mais pedra.
Um dia de cada vez, era este o lema. Chegámos a Tábara à hora normal, vamos à “tienda” comprar o necessário para a janta, massa à lavrador (se não fossem estas paneladas de massa…) e para o pequeno-almoço do dia seguinte. A seguir à janta, o passeio (sim, porque não bastava fazer cento e … quilómetros por dia, não. Depois de jantar tínhamos de ir esticar as pernas e tratar dos níveis de valvolina (shot de licor de ervas) e óleo (shot de licor de café), sem comentários.  

DIA 9 (30/06/2011) – Tábara- Requejo 

Dia sem grande história. Andámos quase sempre na companhia de rios, paisagens agradáveis, caminhos agradáveis, cerejeiras agradáveis, tudo agradável, menos a fome com que chegámos a Requejo. Ui que desnorte! E os espanhóis que só servem jantar depois das 21h (e não abrem excepções), e o albergue que não tinha cozinha, e a senhora da única mercearia local que ia ficando sem stock … Foi a “lócura”…
Saciada a larica, estávamos prontos para dormir (eu pelo menos, já estava naquela fase de me deitar e adormecer instantaneamente… Então com os níveis de valvolina e óleo repostos, vai lá vai…, continuo sem comentários).




DIA 10 (01/07/2011) – Requejo- Xunqueira de Ambía  

Dia em tudo idêntico ao anterior. Começámos por subir por alcatrão, graças a Deus, ou a Santiago, ou o que quiserem… A primeira descida… foi mais bolos! Começou a loucura da pedra e das descidas/subidas técnicas e dos descompensados a descer, CREDO!!!!!!!!!!
Paisagens típicas das Astúrias, de uma beleza natural extrema, um almoço sobrenatural, estávamos agora numa fase em que comíamos um boi se tal nos fosse servido e ao fim ainda malhávamos um melãozito.
Eu é que já começava a não estar pelos ajustes, fartinho de bicicleta, já só queria chegar ao fim do dia e neste desespero passei ao largo de um albergue fantástico e arrastei o Filipe comigo sem entrar. Foram lá os outros 3 maduros e o registo ficou feito.


Dia este que fica marcado, o único no entanto, pela indisposição da senhora do albergue de Vilar de Barrio e por ter sido único não vou manchar este relato com essa descrição. É de salientar, apenas o facto de termos de fazer mais 20 quilómetros até ao albergue de Xunqueira de Ambía. Valeram as 2 Estrella Galicia que bebi em Vilar.
Chegados a Xunqueira, um albergue muito bom (o melhor em que ficámos, digo eu), o mais preenchido a nível de peregrinos, também, um “pueblo” muito simpático, um rancho que o Paulo e o José confeccionaram que estava fantástico. Valeu fazer aqueles quilómetros extra (tinham de ser feitos de qualquer das formas…)
Um pôr-do-sol para variar.

DIA 11 (02/07/2011) – Xunqueira de Ambía- Silleda

Tá quase, tá quase.
Vamos lá então fazer umas contitas (o José não gosta). Estávamos a sensivelmente 130 quilómetros de Santiago, fazer tudo de uma só vez se calhar era muito (isto sem saber o que estava pela frente) e não adiantava nada. Já não conseguíamos ir a Finisterra, por isso, chegar no sábado à noite ou no domingo de manhã era indiferente.
Decidimos, assim, fazer uma etapa mais curta este dia, +/- 80 quilómetros (pois sim, o “mais curta” ficou-se pelos cento e …) por um caminho que só me apetece dizer &%#$$%$#. OK é melhor falar apenas nos aspectos positivos… Então Orense, a última grande cidade antes de Santiago e a subidita a seguir a Orense, lembram-se?? Mais um porradão de igrejas. O caminho (tanta pedra), do melhor para massajar a bunda e muitas igrejas, aqui quase que não são precisas as setas ou os marcos a indicar o caminho, há igrejas de 10 em 10 metros. Fica na retina o imponente Mosteiro de Oseria.
Chegar a Silleda, ai que fome, mais uma vez o problema da hora. Demos com um supermercado e foi a descompensação total. Era ver “empadilhas” a voar, batatas fritas, cerveja, pão, fruta… só visto. Neste dia só foram repostos os níveis de valvolina, isto porque parecia álcool etílico (quase que gripava a caixa, Deus me livre). No fim de contas, uns foram dormir, outros foram comer sardinhas e beber vinho tinto. Não interessa… amanhã chegamos a Santiago.

DIA 12 (03/07/2011) – Silleda-Santiago de Compostela-Coimbra 

E assim foi, chegámos a Santiago.
(Tem calma, conta primeiro como foi).
OK, saímos de Silleda com uma chuva miudinha (orvalhava), vejam bem. Pedalámos pelos caminhos típicos de aproximação a Santiago, constante sobe e desce por entre pequenas povoações, serpenteando a estrada nacional até vermos a catedral (iiiiiiiiii pá, está mesmo ali).
No entanto, não fomos directos, passámos primeiro pela estação para comprar os bilhetes de comboio para Vigo e depois sim, rumámos à Catedral.
A entrada, para todos triunfal, foi feita com muita emoção (ainda hoje, passadas que estão quase 3 semanas, me emociono a pensar nisso), chegámos, conseguimos, foi muito duro, mas conseguimos.
Pois é, chegámos, já cá estamos, já posso fazer umas contitas (só de raspão José, não te chateies, é rápido). Aproximadamente 1.100 quilómetros (para mim Mateus e para o José) e para os restantes 600 e na onda dos 15.000 metros de desnível acumulado, alguns litros de água (muitos), uns litritos de aquários, Coca-Cola e cerveja e… é melhor não fazer contas.
Fomos tomar uma banhoca ao albergue do Seminário Menor e estacionar as burras para depois irmos tratar dos “recuerdos” e da bucha e que bucha… Local - O Gato Preto, intervenientes – 5 maduros esfomeados, o resto não descrevo para não ferir susceptibilidades. Posso dizer que estava tudo muito bom.
Mais uma visita à Catedral, um café manhoso no hotel dos reis e os 3 primeiros a ir de comboio para Vigo (Paulo, Trigo e José) já estavam atrasados, só para variar… Correria, enganos e lá chegaram a tempo à estação.
A partir daqui pouco há para contar, viagem de comboio para Vigo, colocar as bicicletas no comboio para o Porto, uma “tabla mista” e uma de polvo na marina de Vigo, umas “cañas” e lá estávamos nós a fazer a viagem Vigo-Porto.
No Porto reencontrámos o padrinho do Filipe que nos conduziu até Coimbra e de Coimbra (para mim) foi um tirinho até Arganil, onde cheguei por volta da 01 hora da madrugada de segunda-feira, dia 04 de Julho de 2011.
Ficam muitas coisas por contar, coisas que iremos recordar durante muitos anos. Foi uma experiência única, que serviu principalmente para fortalecer laços de amizade e companheirismo… saímos enriquecidos, de uma forma difícil, senão impossível de descrever.
Um abraço especial para as esposas, filhos, pais, padrinhos, amigos… que nos aturam estes devaneios.
VENHA A PRÓXIMA (ou não, como diz a minha mulher). 

FIM